Agora vejo-me

Este conto não é para falar exclusivamente da transsexualidade infantojuvenil. È antes, um conto sobre autoestima, direito de expressão. As crianças, diante determinadas situações que não entendem ou não podem gerir, necessitam de narrativas externas que as ajudem a dar forma ao que pensam e sentem, até que desenvolvam o pensamento formal. 

A história de um menino que era chamado por todos os nomes que se podiam chamar no primeiro ciclo da primária e sofria o insuportável, inspirou este livro. A professora, um dia, a tentar acalmar o menino, ouviu: "È que quando eu chego escola e quero ir casa de banho, nunca sei se tenho de entrar na dos meninos ou na das meninas." E se há algo que é destrutivo para o desenvolvimento psicológico de um menino ou menina é a falta de reconhecimento.